Vikings: fatos e história sobre o povo marítimo nórdico resistente

Famosos como os Senhores do Oceano, os Vikings tiveram sua pátria nas regiões nórdicas da Europa conhecidas hoje como Escandinávia.

Muitos associam os vikings com ladrões brutais e as pessoas ficaram apavoradas quando avistaram um navio viking se aproximando.

É verdade que os vikings foram guerreiros duros que conquistaram muitos territórios, mas essas pessoas também eram membros de uma cultura antiga incrível com a qual muitos não estão familiarizados. O legado e as tradições dos Vikings ainda estão vivos hoje, não apenas na Escandinávia, mas também nos países que eles visitaram.

Neste artigo, examinamos os fatos e a história sobre os vikings que se tornaram conhecidos como os duros marinheiros nórdicos.

A cultura Viking é hoje associada à poesia, escultura em madeira e narração de histórias, escudos coloridos, berserkers , longships, Valhalla, o deus de um olho Odin e homens bebendo em crânios ou morrendo com uma espada na mão.

Sua cultura era rica e deixou vestígios em quase todas as áreas da vida social.

Os vikings eram guerreiros, comerciantes, fazendeiros ou artesãos e compartilhavam características comuns, como formas de casas, joias, ferramentas e equipamentos diários. Eles viveram na Era dos Vikings, de cerca de 800 DC a 1050 DC.

Os vikings tinham um panteão de deuses e um alfabeto não padronizado, chamado runas. Eles também se tornaram famosos por suas técnicas de navegação, armas e um código de conduta.

Sociedade Viking

Na sociedade da Era Viking, as pessoas eram divididas em três classes principais; os nobres chamados Jarls , a classe média, os Vikings livres (fazendeiros, artesãos, comerciantes) chamados Karls , e os escravos – chamados Thralls , que tinham muitas tarefas. Reis, príncipes e nobres, altos funcionários, líderes militares estavam acima deles.

Uma casa na época dos Vikings podia ser muito grande, para uma família, parentes e funcionários. As casas eram construídas de madeira, pedra e turfa, geralmente consistindo em um longo espaço fechado com uma lareira no meio, com áreas para cozinhar, comer, dormir e um relaxamento interno. Os vikings gostavam de jogar uma variedade de jogos de tabuleiro durante as longas e frias noites de inverno. Um dos jogos de tabuleiro mais populares foi o Hnefatafl.

As pessoas cultivavam centeio, cevada, aveia, trigo, repolho, ervilhas, feijões e raízes e usavam o Radl (arado de madeira primitivo) que preparava o solo para a semeadura, pás, garfos de madeira e manguais. Grãos e feno eram cortados com uma foice de ferro e facas eram usadas para cortar folhas. Os animais de fazenda dos vikings incluíam porcos, ovelhas, cabras, gado, cavalos, gansos e galinhas.

A família era muito importante para os vikings, que mantinham seus pertences e objetos de valor em baús de madeira, trancados com cadeados.

Mulheres na sociedade Viking

A mulher Viking tinha uma posição respeitada na sociedade. Ela era considerada igual ao marido em quase tudo. Quando os homens viajavam, as mulheres cuidavam da casa e da defesa da propriedade, se necessário.

As evidências sugerem que havia mulheres guerreiras na era Viking (embora muito raramente). Alguns especialistas sugerem que Sela, Lathgertha, Hertha e Visna podem muito bem ter sido nomes de mulheres guerreiras.

Cultura e arte Viking

Os vikings introduziram cerâmicas excelentes, estilos distintos de vestimenta com uma variedade de padrões e ornamentos e penteados.

Os vikings usavam roupas semelhantes às das pessoas na Inglaterra, Escócia e País de Gales naquela época. Os homens usavam túnicas e calças. As mulheres usavam vestidos longos, com uma espécie de avental comprido. As roupas eram feitas de lã, linho e peles de animais.

Os guerreiros tinham capacetes e suas armas eram – uma espada curta e um escudo redondo.

Religião Viking

Os vikings acreditavam em duas famílias principais (“clãs”) de deuses: os Aesir (deuses do céu, ou deuses e deusas da humanidade) e os Vanir (deuses da terra, ou deuses e deusas da natureza). Eles também acreditavam em elfos, anões, trolls e animais inteligentes e poderosos, como Jormungand, a serpente marinha e Fenrir.

A Árvore da Vida, Yggdrasil desempenhou um papel importante nos mitos e lendas nórdicas. Eles também acreditavam em Valhalla, o lar dos guerreiros que morreram gloriosamente em batalha. De acordo com as crenças Viking, os guerreiros que morreram em batalha foram sequestrados por Valquírias, virgens no paraíso, e levados por elas para Valhalla, onde poderiam festejar entre os deuses.

O deus mais importante era Odin (também conhecido como Wotan). Ele era o deus da guerra, magia e justiça. Thor era um deus guerreiro e deus do trovão e do relâmpago. Freyr com sua irmã, Freya, eram deuses da fertilidade. Atrás deles estava um panteão inteiro de deuses de Asgard, lar dos deuses.

O fim do mundo nas crenças dos vikings foi Ragnarok (crepúsculo dos deuses), onde uma batalha final acontecerá entre o bem e o mal, que por sua vez resultará no advento de uma nova era.

Alfabeto Viking e Pedras Rúnicas

Os vikings tinham seu próprio alfabeto simples, Futhark – runas. Inscrições rúnicas foram encontradas onde os vikings viviam. As runas foram escritas em madeira, osso, metal e pedras. Os exemplos mais surpreendentes de inscrições rúnicas são rochas verticais independentes.

Dependendo da localização geográfica, o sinal do Futhark pode variar.

A Pedra Rök é a inscrição rúnica mais longa já descoberta.

As pedras rúnicas do período Viking foram erguidas em memória e homenagem aos mortos – principalmente pessoas poderosas e seus feitos honrados, mas também informadas sobre os tristes destinos das pessoas comuns (homens e mulheres). Freqüentemente, são mencionados os parentes mais próximos do falecido, sua posição na sociedade, uma breve descrição de seu caráter e as circunstâncias que envolveram a morte.

Pintadas em cores brilhantes, as pedras rúnicas deveriam ser visíveis ao ficar perto de estradas ou pontes, mas não eram necessariamente colocadas no sepultamento da pessoa que comemoravam.

Cerca de 250 pedras rúnicas são conhecidas na Era Viking da Dinamarca depois que Harald Bluetooth ergueu a grande Pedra de Gelatina para seu pai, Gorm, o Velho, e sua mãe, Thyra, por volta de 970. A maioria das pedras rúnicas na Dinamarca foram erguidas no período c. 975-1025.

A maioria dos exemplos escandinavos são da Suécia, onde existem mais de 3.000 inscrições.

Código de conduta e lei e ordem viking

No período Viking, a honra, a família e a linhagem eram de importância crucial, e a sociedade era unida por tradições e normas. Se essas normas fossem quebradas, a honra de um indivíduo e a aprovação da sociedade poderiam ser perdidas. A honra pessoal foi alcançada por meio de atributos específicos, como coragem, companheirismo, inteligência e generosidade.

Os vikings atribuíram grande importância à reputação que deixaram para trás após a morte. Se a honra e a reputação de uma pessoa estivessem intactas, seu nome nunca seria esquecido. O grande poema Eddic Hávamál descreve um grande número de regras práticas de conduta para a vida cotidiana. Existem versos sobre sabedoria, amizade, como agir como um convidado e como se comportar nas assembleias (“coisas”).

A sociedade Viking tinha um governo sofisticado e o chamado ‘ Coisa’, sistema de ordem e lei Viking. Era a assembleia governamental composta por pessoas livres da comunidade, tanto homens, mulheres e deficientes. Eles se reuniram para fazer leis, resolver disputas e tomar decisões. O local da reunião foi chamado de thingstead.

Os vikings preferiam a ‘Coisa’ em vez de ter as disputas resolvidas por duelos ou feudos familiares. Todos os homens e mulheres livres têm o direito de realizar assassinatos por vingança.

Você podia matar alguém em público sem sofrer consequências graves, porque era honesto e não escondia suas ações, e dava aos outros a oportunidade de reagir.

Era importante assumir a responsabilidade pelo assassinato e não fugir, e pagar as multas. O mesmo se aplica a matar alguém em uma luta.

Vikings e suas habilidades de navegação

O grande mérito dos vikings foi aperfeiçoar a arte da navegação. Eles eram antigos marinheiros e construtores navais.

Seus famosos escaleres, com remos ao longo de quase todo o comprimento de um barco) eram barcos leves e estreitos de madeira com um casco de calado raso projetado para fácil navegação em águas rasas e para velocidade, chegando a 15 nós em boas condições climáticas. Os longships tinham duas pontas, então podiam inverter a direção sem precisar se virar – uma grande vantagem em um mar repleto de icebergs ocultos e gelo marinho.

Longships simbolizava o poder dos Vikings e eram decorados com cabeças de dragão esculpidas que intimidavam os inimigos. Os símbolos eram importantes para os vikings.

As frotas, navegando para a Inglaterra, Escócia, França e Irlanda, continham centenas de longships, principalmente usados ​​como navios de guerra e seus outros navios chamados Knarrs (ou knorrs em Old Norse), que eram mais lentos serviam como navios de passageiros e de carga.
Conhecidos como senhores dos oceanos, os vikings desenvolveram a navegação com perfeição, o que naquela época era muito difícil. Eles carregavam relógios de sol portáteis de madeira que os ajudavam em dias claros e pedras solares – os chamados cristais tipo Alderney poderiam realmente ter sido usados ​​como uma bússola solar ótica precisa como um auxílio à navegação antiga, quando o Sol estava escondido pelas nuvens ou abaixo do horizonte .

Habilidades marciais de vikings

O conjunto completo de armas de um viking rico era: uma lança, um ou dois dardos, um escudo de madeira, um machado dinamarquês e uma espada, “fogo de Odin”.

Além disso, Glima – o sistema de artes marciais – foi usado pelos vikings. A palavra Glíma em nórdico antigo significa vislumbre ou flash, que descreve as técnicas do sistema. O Glima está em duas categorias – Combat Glima e Sport Glima.

Expedições, conquistas e o fim da era viking

Os vikings fundaram muitas cidades e colônias, incluindo Dublin e Normandia. Dublin foi considerada um importante assentamento por mais de três séculos. Entre os anos 879 e 920, os vikings colonizaram a Islândia, que por sua vez se tornou o trampolim para a colonização da Groenlândia por Erik, o Vermelho.

Os vikings chegaram até mesmo à América do Norte, e os vestígios de um assentamento Viking em L’Anse aux Meadows, em Newfoundland, foram datados por carbono por volta do ano 1000.

Eles tinham boas armaduras, escudos e uma infinidade de armas, incluindo espadas de dois gumes. O prestígio de homem manifestava-se no fino artesanato das suas armas, que eram tão parte dele, que tinham nomes próprios como “mordedor de pernas” ou “esmagador de ossos” ou “punho de ouro”.

Por volta de 1100, os vikings estavam enfraquecidos pela agitação doméstica. Ao mesmo tempo, muitos outros países europeus estavam se tornando alvos mais fortes e difíceis. Os ataques Viking pararam por volta de 1100. Então, a maioria dos Viking se converteu ao Cristianismo e se tornou menos guerreiro.

 

Fonte : ancientpages

Texto Original : A. Sutherland 

Tradução : Fatos Curiosos