
Ao inspecionar tubulações em Cavandi, Astúrias, Sergio Narciandi, um operador municipal de água, tropeçou em uma descoberta histórica surpreendente. Uma sequência de eventos, incluindo incêndios recentes que resultaram em deslizamentos de terra, revelou um colar de ouro com mais de dois milênios sob a encosta que Narciandi explorava.
A notícia, divulgada inicialmente pelo site El País, logo chamou a atenção da comunidade arqueológica. Quando especialistas do Museu Arqueológico das Astúrias e da Universidade da Cantábria examinaram a área, encontraram não apenas o colar inicial, mas um segundo, fragmentado em seis peças distintas.
Esses adornos, oriundos da Idade do Ferro, são denominados “torques” devido ao seu design torcido. Eles não apenas atestam a riqueza e o status de quem os usava, mas também são um testemunho do refinamento das técnicas dos ourives daquela época. Estes colares, com sua fundição precisa, filigranas e padrões geométricos, são uma vitrine das habilidades extraordinárias de um ourives antigo.
Ao examinar as peças, os pesquisadores identificaram marcas de desgaste, sugerindo que as jóias foram realmente usadas no passado. Esses artefatos podem ter sido parte de um tesouro escondido, uma prática comum na Europa Atlântica durante as Idades do Bronze e Ferro. A natureza exata do uso desses torques – seja por guerreiros, como um símbolo de riqueza comunitária ou pessoal – ainda é objeto de debate.
Os próximos passos na investigação envolverão uma equipe multidisciplinar de especialistas. Eles se aprofundarão na história desses colares, buscando desvendar os mistérios da vida e da cultura na Astúrias pré-romana.
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