Existem diversos motivos para as pessoas inventarem fake News na arqueologia, especialmente no começo do século 20, em que uma descoberta arqueológica trazia status social considerável em muitos círculos (além de dinheiro, pois naquela época os museus compravam artefatos para suas coleções).
Por isso mesmo, diversas pessoas inventavam artefatos e ossadas, para obter fama e fortuna.
Você ficou curioso com o tipo de artefato e ossada mentirosa que já foi criada e durante algum tempo até aceita como prova de determinados conceitos, estamos trazendo uma lista das fake news da arqueologia mais curiosas.
O homem de Piltdown. A fake news da arqueologia mais conhecida.
O homem de Piltdown é um dos casos mais famosos da história da arqueologia. O esqueleto do pretenso homem pré-histórico teria sido encontrado em 1912, na Inglaterra, por um trabalhador local, e rapidamente foi interpretado como um elo perdido na evolução para seu estado atual.
Um arqueólogo amador e membro de uma sociedade de cavalheiros da sociedade britânica, ele é um dos principais suspeitos da farsa, pois foi a pessoa a quem cuidado o crédito pela descoberta científica na época.
O interessante é que talvez pela falta de tecnologia na época, ou ainda pela falta de experiência que havia na seriedade desses estudos, já que a arqueologia era uma ciência muito recente nessa época, foram necessários 45 anos para desmontar a fraude.
O homem de Piltdown, na verdade, nada mais era do que a mandíbula de um orangotango acoplada a um crânio humano moderno, com um dente canino.
As caveiras de cristal “Astecas” no México
As caveiras de cristal começaram aparecer no começo do século XX e no final do século XIX, com pessoas tentando vendê-las para museus como vindas diretamente de escavações em sítios arqueológicos na América Central.
Acontece porém, que muitos museus, desde o começo viram estas caveiras com grau de desconfiança considerável, pois escavações das quais elas pretensamente vinham não tinham sido noticiadas da forma comum, o que levantava grande desconfiança.
O próprio Smithsonian chegou a adquirir algumas destas, mas logo depois passou a expô-las como falsas.
A farsa foi igualmente confirmada por uma análise recente, liderada por Jane Walsh, que confirmou que, além de não serem produzidas no período pré-colombiano. as caveiras de cristal ainda nem eram de material encontrado na América Central.
A análise microscópica permitiu que se descobrisse que as caveiras tinham sido polidas por máquinas, que deixam ranhuras regulares, ao contrário das irregulares e bem mais estriadas feitas no material quando o polimento foi manual. Foi usada como base de comparação uma taça feita em cristal de quartzo, realmente feita na mesma América pré-colombiana ( uma descoberta amplamente noticiada e documentada).
Além disso, os quartos utilizados têm clorito de Ferro e apenas quartzos encontrados em Madagascar ou no Brasil possuem essa característica.
O que levanta suspeita de que as falsificações tenham sido produzidas no Brasil ou, no mínimo, utilizando o quarto brasileiro.
A pedra de Kensington
A pedra de quem foi encontrada em 1898, no norte dos Estados Unidos, seria uma das provas de que os ritmos chegaram aos Estados Unidos antes de Colombo.
Hoje em dia existem algumas evidências mais sólidas de que realmente tem ocorrido ( embora ainda seja polêmica a afirmação) mas essa pedra em questão foi declarada uma fraude, nem por arqueólogos, mas por linguistas.
Isso porque ela é basicamente uma pedra entalhada com runas com pouco significado e que em alguns trechos, teria sido utilizado até o próprio inglês moderno nas suas inscrições.
Essa fraude também demorou bastante para ser desmascarada, pois apenas em 1968 os linguísticas foram capazes de definir que nada fazia muito sentido na pedra.
O que você achou dessas fake news da arqueologia? Conhece mais alguma interessante de ser comentada?
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