A descoberta de restos mortais de seis homens sob o piso de uma cozinha na Escócia se revelou um achado importante da arqueologia, com a datação por carbono comprovando que se trata de um cemitério da Idade do Ferro, que remonta a cerca de 2.000 anos atrás.
Inicialmente, a descoberta abaixo de um escritório em Applecross, na região das Highlands, era considerada uma cena de assassinato do século XVIII. No entanto, a datação por carbono comprovou a idade dos ossos como sendo da Idade do Ferro.
A arqueóloga Cathy Dagg afirmou que a descoberta é significativa porque este é o primeiro cemitério da Idade do Ferro encontrado na costa oeste das Highlands. Ela ressaltou que, anteriormente, não se havia encontrado nenhum cemitério dessa época nessa região.

Dagg trabalhou na escavação dos ossos em 2015 e continuou investigando o local da descoberta. Ela explicou que os corpos foram enterrados em uma área de “praia de tempestade”, composta por pedras de cascalho que ajudaram a manter os restos mortais secos e preservados.
A razão pela qual os ossos sobreviveram foi porque as pedras cimentadas formavam uma base natural que permitia a drenagem da água, preservando os restos em seu estado natural. Com a construção do escritório do Applecross Estate no século XIX, a área foi ainda mais protegida dos elementos, o que permitiu que os ossos fossem preservados por todo esse tempo.
Os restos mortais foram encontrados após a retirada do piso, e incluem três mandíbulas, que inicialmente levaram os arqueólogos a acreditar que os restos eram de apenas três pessoas. A análise dos outros pedaços de ossos revelou que havia três outros homens enterrados ali, todos da Idade do Ferro, que começou na Escócia em torno de 800 a.C.
A descoberta desse cemitério deu aos arqueólogos a oportunidade de aprender mais sobre a vida e a cultura dos habitantes da região no início da Idade do Ferro, e ajuda a compor um quadro mais completo da história escocesa. A descoberta também destaca a importância da preservação do patrimônio arqueológico e histórico, para que novas descobertas como essa possam ser feitas no futuro.