Arqueólogos fizeram uma descoberta intrigante em Vindolanda, um forte romano perto da Muralha de Adriano, no norte da Grã-Bretanha. Eles encontraram um falo de madeira preservado em condições úmidas e anaeróbicas, que foi reinterpretado como um grande falo sem corpo. A descoberta é importante porque a madeira é um material sub-representado na arqueologia e, por isso, a maioria dela apodreceu ou foi queimada.
O falo de madeira, que tem cerca de 160mm de comprimento, foi esculpido em freixo jovem e apresenta uma forma cilíndrica com uma base larga, uma extremidade convexa e uma extremidade em forma de glande. A falta de desgaste na superfície sugere que o objeto pode ter sido mantido em local fechado ou abrigado. Os arqueólogos especulam que o falo pode ter sido usado para proteger a entrada de edifícios-chave dentro do forte romano, como a casa do oficial comandante, o edifício da sede ou os celeiros, ou pode ter tido outras funções ainda desconhecidas.

A descoberta é particularmente interessante porque falos de pedra e metal são conhecidos em todo o mundo romano, mas este é o primeiro falo de madeira a ser reconhecido. A descoberta também destaca a importância das condições úmidas e anaeróbicas na preservação de materiais orgânicos e enfatiza a necessidade de reexaminar descobertas anteriores em busca de novas interpretações e significados.
Os arqueólogos também discutiram possíveis interpretações para o objeto, incluindo a ideia de que ele pode ter sido usado como um pilão ou como um objeto sexual. A descoberta reforça a presença ubíqua do falo na cultura romana, bem como a limitação do conhecimento arqueológico atual. As possíveis interpretações refletem duas perspectivas mais amplas: a representacional e a funcional, que colocam o objeto dentro de um quadro mais amplo de representação fálica no Império Romano e destacam a complexidade e a ambiguidade da cultura romana.
Artigo cientifico : https://doi.org/10.15184/aqy.2023.11