Se você fosse um guerreiro Viking, não pintou seu escudo com qualquer cor. Escolher a cor certa não era uma questão de gosto. Foi uma decisão baseada em uma seleção cuidadosa porque a cor revelava o status e a riqueza de um Viking.
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Os vikings ricos gostavam de se exibir usando certas cores como um símbolo de sua posição elevada na sociedade. Com base em restos de tinta antiga, um químico dinamarquês e um conservador conseguiram recriar uma paleta de 17 belas e magníficas cores usadas pelos vikings para enfatizar seu alto status.
As cores fortes eram populares porque eram raras e, portanto, usadas para simbolizar status.
O químico Mads Christian Christensen e o conservador Line Bregnhøi do Museu Nacional de Copenhague examinaram um pedaço de madeira de uma igreja construída em Hørning, na Dinamarca por volta de 1060. Depois de tantos anos, as cores não eram visíveis a olho nu e, portanto, análises químicas foram necessários para recriá-los.
Vermelho e amarelo eram um símbolo viking de status e riqueza
Os tons de vermelho e amarelo são derivados de minerais que não são encontrados na Dinamarca, mas na Espanha e na Turquia, entre outros.
Hørningplankan, um pedaço de madeira examinado para descobrir a importância das cores Viking. Crédito: Museu Nacional de Copenhague
O sulfeto de arsênio mineral é usado para produzir cores amarelas e pode ser obtido em países como Alemanha e Turquia. A cor vermelha é feita de cinnober, que vem da Espanha. Os pesquisadores acham que esses minerais devem ter sido caros porque tiveram que ser transportados por um longo caminho até a Escandinávia. Cores como vermelho e amarelo só eram usadas por pessoas ricas que tinham dinheiro para comprá-las. A importação de minerais caros deve ter sido um negócio lucrativo.
As dezessete cores da era Viking. Crédito: Museu Nacional de Copenhague
Os pesquisadores acreditam que, devido ao custo, é improvável que mais do que pequenos detalhes tenham sido destacados com essas cores.
Os pesquisadores identificaram até agora 17 cores usadas pelos vikings e esperam descobrir mais em um futuro próximo. É uma descoberta importante porque nos dá uma melhor compreensão de como era a sociedade Viking.
Os cientistas também aprenderam muito sobre a importância das cores a partir de artefatos descobertos no cemitério de Oseberg na Noruega.
“O magnífico navio Oseberg foi usado como um navio funerário para duas mulheres vikings que morreram em 834. Uma câmara mortuária foi cavada logo atrás do mastro do navio. No interior, as paredes eram decoradas com fantásticas tapeçarias de tecido e as mulheres mortas deitadas em uma cama elevada .
As mulheres traziam consigo vários presentes de enterro. Havia itens pessoais como roupas, sapatos e pentes, equipamento de navio, equipamento de cozinha, equipamento agrícola, três trenós ornamentados, cinco cabeças de animais entalhadas, cinco camas e duas tendas. Havia quinze cavalos, seis cães e duas vacas pequenas. Uma notável coleção de artefatos de madeira e têxteis foi deixada para trás e as cores são marcantes.
A tapeçaria de Oseberg está mal preservada, mas está claro que era uma tira longa e estreita (20–23 centímetros de largura) que provavelmente deveria ser pendurada na parede. É feito de lã tingida de cores diferentes, principalmente vermelha,
amarela e preta.
Um fragmento de uma tapeçaria da sepultura de Oseberg em Vestfold, Noruega. Crédito: irik I. Johnsen / Museu Kulturhistorisk – CC BY-SA 2.0
A tapeçaria de Oseberg retrata uma procissão de duas fileiras de cavalos com caudas nodosas. Três dos cavalos puxam carroças, uma das quais contém duas pessoas, aparentemente mulheres. Os estudiosos especularam se eles representam as duas mulheres enterradas no enterro de Oseberg (com uma carroça entre seus pertences) e se a tapeçaria foi feita especialmente para retratar a procissão fúnebre. A procissão na tapeçaria também apresenta um grande número de homens e mulheres caminhando.
As mulheres usam vestidos longos com cauda e mantos, e algumas delas carregam lanças, assim como muitos dos
homens. Seus cabelos parecem estar enfiados em toucados protuberantes.³ °
Em seus trajes, as mulheres na tapeçaria de Oseberg são uma reminiscência das valquírias dando as boas-vindas aos guerreiros mortos em Valhalla, conforme retratado nas pedras pictóricas de Gotland. Nessas pedras, muitas mulheres não têm os cabelos escondidos por cocares, mas os deixam cair, como dizem que Ermengard fez quando o conde Ragnvald a visitou em Narbonne.
As valquírias das pedras pictóricas servem comida e bebida aos guerreiros mortos, e o fato de terem soltado os cabelos pode sugerir disponibilidade sexual. Algumas mulheres retratadas em pinturas de pedras seguram chifres de bebida nas mãos, assim como uma pequena figura prateada de uma mulher encontrada em Birka; eles foram interpretados como valquírias servindo bebida aos guerreiros mortos que chegavam a Valhalla. Os guerreiros normalmente chegam a cavalo. Às vezes, eles montam um cavalo com oito pernas, sugerindo que são tão importantes que o governante do Valhalla, Odin , enviou seu próprio
cavalo de oito pernas, Sleipner , para buscá-los. Essas pedras pictóricas geralmente representam navios. “1
Todas essas descobertas e estudos são importantes, pois nos dão uma ideia melhor de como os vikings decoravam seus objetos e como percebiam as diferentes cores.
Fonte : ancientpages
Tradução : Fatos Curiosos
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