
No dia 7 de setembro, o Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH) do México revelou a descoberta de duas estruturas pré-hispânicas, incluindo um palácio, na cidade maia de Kabah, localizada na Península de Yucatán. Essas construções, com cerca de 1.500 anos de idade, foram encontradas por trabalhadores envolvidos na construção da linha turística Trem Maia, que havia sido acusada de descumprir normas ambientais.
O diretor-geral do INAH, Diego Prieto Hernández, fez o anúncio durante uma reunião com o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador. Hernández explicou que a presença desses complexos não foi surpreendente, mas eles estavam cobertos pela vegetação da região.
Essa descoberta desempenhará um papel fundamental na expansão do circuito de visitas à cidade pré-hispânica de Kabah, além de proporcionar um maior entendimento sobre a vida dos antigos habitantes dessa região”, afirmou o diretor-geral.
O palácio, com 26 metros de comprimento, possui uma entrada composta por oito pilastras e nove vãos, adornados com esculturas de pássaros, miçangas e penas. Durante a escavação, arqueólogos encontraram fragmentos de cerâmica da região de Petenera, incluindo vasos e tigelas de uso cotidiano.
Lourdes Toscano Hernández, uma especialista em arqueologia do INAH que liderou a expedição, revelou que o palácio e outra estrutura próxima eram residências da elite da época, onde passavam suas vidas cotidianas. De acordo com o portal Live Science, acredita-se que uma linhagem de governantes maias tenha habitado o local, embora seus nomes permaneçam desconhecidos. Hernández também explicou que os adornos de pássaros, contas e penas simbolizavam a relação entre esse grupo privilegiado e as divindades maias. Além disso, especula-se que o primeiro líder de Kabah tenha vivido no palácio.
Embora a data exata de construção dessas estruturas permaneça desconhecida, a cidade onde estão localizadas foi fundada entre 250 e 500 d.C. por habitantes de Petén, uma região situada entre a Guatemala e Belize. Esta descoberta arqueológica enriquece nossa compreensão da civilização maia e de sua história milenar.
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