
O Museu de Arqueologia da Universidade de Stavanger (UIS), na Noruega, divulgou hoje que um arqueólogo amador norueguês chamado Erlend Bore fez uma descoberta impressionante. Utilizando um detector de metais, Bore encontrou um esconderijo contendo joias raras de ouro que datam do século VI. Os especialistas da universidade acreditam que essa pode ser considerada a “descoberta de ouro do século” no país europeu.
Localizado na ilha de Rennesøy, ao sul do país e próximo a Stavanger, o esconderijo continha nove medalhões de ouro e pérolas que costumavam formar um colar opulento, além de três anéis de ouro. As joias, com peso um pouco acima de 100g, foram datadas aproximadamente do ano 500 d.C.
A descoberta é considerada significativa pela Universidade de Stavanger devido aos desenhos da mitologia nórdica encontrados nos medalhões. Os símbolos retratam o deus nórdico Odin curando o cavalo ferido de seu filho. Os pesquisadores destacam que o símbolo do cavalo representa angústia, mas Odin traz esperança de cura e renovação.
Erlend Bore stumbled upon the “gold find of the century” with ancient treasures dating back to the fall of the Roman Empire in a farmer’s field.
The 51-year-old Norwegian had only recently purchased the metal detector on his doctor’s advice to engage in more physical activity. pic.twitter.com/N47AhuhtPD
— BoreCure (@CureBore) September 7, 2023
Bore, com 51 anos, é um arqueólogo amador que tinha o sonho de seguir essa profissão desde criança. Ele encontrou esse tesouro em agosto, logo após receber recomendações médicas para fazer mais exercícios. Como incentivo para cumprir as orientações, decidiu adquirir um detector de metais para acompanhá-lo em suas caminhadas. Ao detectar sinais na encosta, ele entrou em contato com os arqueólogos da Universidade de Stavanger, que assumiram a busca.
Ole Madsen, chefe do Museu de Arqueologia da instituição, afirmou que essa foi “a descoberta de ouro do século na Noruega”. Encontrar uma quantidade tão grande de ouro de uma só vez é extremamente incomum. Segundo Håkon Reiersen, professor associado do museu, os pingentes de ouro – conhecidos como bracteatas – datam do período de migração na Noruega, entre 400 d.C. e 450 d.C., durante as grandes migrações bárbaras na Europa.
Para os arqueólogos, os pingentes e pérolas faziam parte de um colar extravagante, provavelmente confeccionado por habilidosos joalheiros e usado por pessoas influentes da sociedade. De acordo com a legislação norueguesa, Bore e o proprietário da área onde o tesouro foi encontrado receberão uma recompensa, cujo valor ainda não foi determinado. Objetos anteriores a 1537 e moedas anteriores a 1650 são considerados propriedade do Estado e devem ser entregues às autoridades competentes.
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